Codeína é uma substância extraída do ópio, produto natural da papoula (Papaver Somniferum). Dessa mesma planta, é extraída a morfina, que pode ser transformada em heroína por meio de uma pequena transformação química. Tecnicamente, diz-se que a codeína é um alcalóide (por ser extraído da planta), opiáceo (derivado do ópio). A codeína pode ser natural (extraída diretamente da papoula), ou produzida sinteticamente, a partir da morfina. As substâncias derivadas do ópio são depressoras do sistema nervoso central.
A codeína geralmente é encontrada em vários medicamentos de combate a tosse, sobretudo em xaropes. A ação da codeína como antitussígeno ocorre por sua capacidade de inibir ou bloquear a área do cérebro conhecida como Centro da Tosse. No entanto, seu efeito antitussígeno pode mascarar doenças que tem como sintoma a tosse, daí a importância do diagnóstico ser anterior a prescrição dessa substância.
Efeitos no organismo
Além disso, o uso da codeína tem todos os efeitos comuns aos opiáceos (morfina), só que em menor intensidade: é analgésico, induz o sono, lentidão, diminui os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e a respiração. Os efeitos colaterais do uso da codeína são má digestão (sensação), prisão de ventre e dilatação das pupilas.
No Brasil, os medicamentos à base de codeína só podem ser vendidos com a apresentação da receita médica, que fica retida na farmácia. Isso porque o organismo rapidamente desenvolve tolerância a codeína, o que acaba por levar o usuário de xarope, por exemplo, a aumentar cada vez mais a dose, buscando sentir os mesmo efeitos, tornando-se dependente da substância. Nesse estágio, na ausência da codeína o usuário pode sentir câimbras, cólicas, calafrios, insônia, inquietação e irritabilidade, sintomas da síndrome de abstinência.
Outro perigo na administração da codeína como medicamento, sobretudo como antitussígeno para crianças, é a utilização em doses maiores que a recomendada. Os sintomas de superdosagem de codeína são: apatia, batimentos cardíacos lentos, pressão sanguínea baixa, respiração fraca, pele fria e meio azulada, ausência de choro e dificuldade para mamar. Caracterizada como intoxicação, se não tratada a criança pode ficar inconsciente, entrar em estado de coma e morrer.
Referências:
CEBRID – Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas. Universidade Federal de São Paulo. Depto. de Psicobiologia. Disponível em: <http://200.144.91.102/cebridweb/default.aspx> Acesso em 19 jan. 2010.
BARCELLOS, Valdomiro Halvei. Drogas – Como Compreender? O Que Fazer? Disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/valdomiro/drogas-como-compreender.html> Acesso em 19 jan. 2010.
FONTE: INFOESCOLA
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