NOVIDADES

quinta-feira, 28 de março de 2013

ÓPIO, OPIÓIDES E OPIÁCEOS


A palavra ópio em grego significa suco, o qual é obtido realizando-se incisões na cápsula de uma planta quando ainda verde, denominada Papaver somniferum, mais popularmente conhecida como papoula do Oriente, que é originária da Ásia Menor e cultivada na China, Irã, Índia, Líbano, Iugoslávia, Grécia, Turquia e sudoeste da Ásia. Desta mesma planta, também podem ser extraídas várias outras substâncias com propriedades farmacológicas.

O ópio é produzido à partir deste suco resinoso, que é um látex leitoso e coagulado, que depois de seco, torna-se uma pasta de cor acastanhada, e então é fervida para transformar-se em ópio, que por sua vez tem um cheiro típico e desagradável, manifestando-se potencialmente com o calor, de sabor acre e amargo.

Atualmente, o ópio é ilegal e considerado uma das substâncias mais viciantes que existem, no entanto possui propriedades anestésicas, e por milhares de anos foi utilizado como sedativo e tranquilizante, e também ministrado como remédio para diarréia, gota, diabetes, disenteria, tétano, insanidade e ninfomania.

Do ópio também pode-se obter opiáceos naturais , como a morfina (alcalóide com efeito narcótico), e a codeína, e os opiáceos semi-sintéticos, onde temos como exemplo a heroína. Ainda temos as substâncias totalmente sintéticas, isto é fabricadas em laboratório que denominam-se opióides, que são narcóticos ou hipnoanalgésicos, ou seja, tem efeito analgésico e hipnótico (dão sono), utilizados sob prescrição médica como medicamentos, em casos extremos sem que se tenham outras opções.

Efeitos

De um modo geral. todos os opiáceos e opióides são depressores do SNC (Sistema Nervoso Central), ou seja, diminuem o seu funcionamento, produzindo uma hipnose e uma analgesia, mas, estão diretamente relacionados às doses administradas, pois quando utilizadas em doses maiores que a terapêutica poderão deprimir algumas outras regiões cerebrais, como por exemplo, a freqüência cardíaca, a respiração, pressão sangüínea, etc.

Algumas dessas drogas tem efeito farmacológico, quando administradas corretamente, e sob prescrição médica, como é o caso da codeína, muito eficiente como anti-tussígeno (contra a tosse). No caso de uso de substâncias ilícitas ou sem indicação médica flagra-se o que chama-se de abuso, onde o indivíduo estará sujeito à ações indiscriminadas e imprevisíveis da droga.

No caso do ópio, quando utilizado, na forma de pó, cápsulas, comprimidos, ou chás seus efeitos , durarão aproximadamente de três à quatro horas e dependerão da quantidade de droga utilizada, da freqüência do uso e das condições físicas e psicológicas do usuário, podem ser agudos ou crônicos, porém, de um modo geral são os seguintes:

Físicos
Vômitos, náuseas, ansiedade, tonturas, falta de ar, contração acentuada da pupila dos olhos, paralisia do estômago, prisão de ventre., palidez, perda de peso, membros pesados, queda da pressão arterial, alteração da freqüência cardíaca e respiratória, podendo chegar à cianose(cor azulada da pele), com o uso crônico poderá ocorrer intensificação de alguns sintomas, tais como: má digestão e prisão de ventre crônicas e problemas de visão devido à miose.

Psíquicos
O uso freqüente do ópio e à longo prazo diminui a atividade cerebral podendo causar: deterioração intelectual, irritabilidade crescente, apatia, mente letárgica, indisposição, declínio dos hábitos sociais, diminuição da capacidade de vigília (provoca o sono), alteram os centros da dor, causam depressão geral do cérebro ocasionando uma perda de contato com a realidade e mente obnubilada (sem rumo).

Overdose
Quando ocorre um aumento nas dosagens, os efeitos poderão evoluir para casos de overdose, com sonolência descontrolada, coma e em casos mais graves, a morte por falha respiratória.
A overdose ainda poderá ocorrer por mistura da droga com álcool e barbitúricos.

Tolerância e dependência
A maioria das drogas inicialmente, parecem inofensivas, trazendo falsas sensações de bem-estar, relaxamento e tranqüilidade momentâneas, diminuição da ansiedade cotidiana, mudança de estados psíquicos, agitação e vivência de experiências e visões totalmente ilusórias.

Após esse período, e com o uso freqüente, poderá desenvolver-se a tolerância (que é a busca de doses cada vez mais elevadas para um mesmo resultado). com possível dependência física e psíquica (trata-se de necessitar do entorpecente para sentir-se bem ou até mesmo para viver), que varia de acordo com a substância utilizada.

Igualmente à seus derivados, o ópio provoca no organismo, a tolerância e não pode-se prever o ponto em que o indivíduo torna-se grave dependente. Nesse caso, o usuário deixa de sentir o estupor causado pela droga, porém neste estágio já encontra-se totalmente aprisionado, de uma vez que, normalmente não deixa de consumi-la para escapar da inevitável e terrível síndrome de abstinência, que pode iniciar-se dentro de aproximadamente doze horas e estender-se de um à dez dias, incluindo: cólicas musculares e abdominais, lacrimejamento, dores cruéis, insônia, falta de apetite, inquietação, sudorese, arrepios, diarreias  tremores, instabilidade emocional com crises de choro, vômito,náuseas e vertigens. Além disso o o uso da droga não poderá ser descontinuado abruptamente, ficando o usuário neste caso, sujeito a sua morte.

Tratamento
Como vimos o ópio e seus derivados são substâncias com grandes possibilidades de causar dependência e mudanças bioquímicas permanentes a nível molecular, ocasionando uma pré-disposição ao uso, que mesmo depois de anos de privação da droga , o ex-dependente poderá retornar ao vício.

De qualquer forma, havendo o desejo de descontinuar o seu uso este deverá ter acompanhamento médico com diminuição progressiva da dose de opiáceo com possível inclusão de medicamentos que auxiliam no abandono da droga.

Leia também:
Fontes
- Fonte: Oficina Ciência Viva
- CEBRID (Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas)
- UNIFESP/ EPM – Depto. de Psicobiologia

FONTE: INFOESCOLA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Flor da papoila
O ópio (do grego ópion"suco de papoila", pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoilas soníferas (gênero Papaver), e que é utilizada como narcótico.
O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente um veneno estupefaciente. A medicina o utiliza, assim como os alcalóides que ele contém (morfina e papaverina), como sonífero analgésico.
Em vários países subdesenvolvidos do mundo, muitas vezes a falta de opções leva boa parte dos camponeses a trabalhar no cultivo de plantas como a papoila, que está na base da produção industrial do ópio.

História

Os gregos chamaram opion, diminutivo de opós (suco vegetal), ao suco das papoilas, cujo poder hipnótico e euforizante os sumérios já conheciam há seis mil anos e chamavam a papoilaplanta da alegria. Este nome aparece documentado em latim por Plínio como opium, com o mesmo significado, no século I da nossa era.
Homero descreve na Odisseia os efeitos desta planta muito conhecida na Grécia clássica, ainda que seu uso, curiosamente, não tenha se estendido ao resto da Europa a partir dos gregos, mas sim dos árabes, que recolhiam o ópio no Egito, onde era usado amplamente na medicina, e o levavam para vendê-lo tanto no Oriente como no Ocidente.
Até o século XIX, a venda dessa droga era livre, pois estava cercada de uma aura de substância benéfica que aliviava dores e sofrimentos.
Os adversários do filósofo comunista alemão Karl Marx (1818-1883) recordam com frequência que ele era um inimigo da religião com base numa suposta frase da sua autoria na qual afirmava que a religião era o ópio do povo. Na verdade, o fundador do comunismo quis dizer que a religião servia como alívio ilusório ao sofrimento dos pobres, como vemos na citação completa do seu texto: "A religião é o suspiro do oprimido, o coração de um mundo insensível, a alma de situações desalmadas. É o ópio do povo." (Karl Marx, Collected Papers, 1844).
Esta droga se chama oppio em italiano; opium em francês, inglês e alemão.

Guerras do Ópio

Bulbo da papoila do ópio
O tráfico ilegal de ópio no mercado chinês promovido pela Companhia Britânica das Índias Orientais para contrabalançar suas finanças causou dois conflitos entre China e Reino Unido durante o século XIX, as Guerras do Ópio, que resultaram na abertura do mercado chinês aos produtos e ópio ocidentais e ao crescimento de um sentimento nacionalista e guerras civis que resultaria no fim do regime imperial.

Características Gerais

Mais conhecida como "papoila" é um suco resinoso, coagulado, o látex leitoso da planta dormideira, extraído por incisão feita na cápsula da planta, depois da floração.
O ópio tem um cheiro típico, que é desagradável. Manifesta-se, especialmente, com o calor. Seu sabor é amargo e um pouco acre, sendo castanha a sua cor. Os principais alcalóides do ópio são: a morfina (10%), a codeína, a tebaína, a papaverina, a narcotina e a narceína.
Sua ação apresenta-se em duas formas:
  1. alcalóide de ação deprimente: morfina, codeína, papaverina. narcotina e narceína.
  2. alcalóides de ação excitantes - laudanosina e tebaína.

Consequências

O número de viciados, no Brasil, é pequeno. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc. Causa, a longo prazo, irritabilidade crescente e lenta deterioração intelectual, com declínio marcante dos hábitos sociais.
Quanto aos aspectos físicos, os viciados ficam magros e com cor amarela, diminuindo, ainda, sua resistência às infecções.
A crise de abstinência pode começar dentro de aproximadamente, doze horas, apresentando-se de várias formas, indo desde bocejos até diarréias, passando por rinorréia, lacrimação, suores, falta de apetite, pele com arrepios, tremores, cãimbras abdominais e insônia ou, ainda, inquietação e vômitos.
Os opiáceos determinam violenta dependência física e psíquica, podendo-se dizer que a escravidão do viciado é total, deixando-o totalmente inutilizado para si, para a família e para a sociedade, pois a droga passa a agir quimicamente em seu corpo, de forma que a retirada brusca da droga pode ocasionar até a morte.

FONTE: WIKIPEDIA

CODEÍNA


Codeína é uma substância extraída do ópio, produto natural da papoula (Papaver Somniferum). Dessa mesma planta, é extraída a morfina, que pode ser transformada em heroína por meio de uma pequena transformação química. Tecnicamente, diz-se que a codeína é um alcalóide (por ser extraído da planta), opiáceo (derivado do ópio). A codeína pode ser natural (extraída diretamente da papoula), ou produzida sinteticamente, a partir da morfina. As substâncias derivadas do ópio são depressoras do sistema nervoso central.

codeina formula estrutural plana
A codeína geralmente é encontrada em vários medicamentos de combate a tosse, sobretudo em xaropes. A ação da codeína como antitussígeno ocorre por sua capacidade de inibir ou bloquear a área do cérebro conhecida como Centro da Tosse. No entanto, seu efeito antitussígeno pode mascarar doenças que tem como sintoma a tosse, daí a importância do diagnóstico ser anterior a prescrição dessa substância.


Efeitos no organismo


Além disso, o uso da codeína tem todos os efeitos comuns aos opiáceos (morfina), só que em menor intensidade: é analgésico, induz o sono, lentidão, diminui os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e a respiração. Os efeitos colaterais do uso da codeína são má digestão (sensação), prisão de ventre e dilatação das pupilas.
No Brasil, os medicamentos à base de codeína só podem ser vendidos com a apresentação da receita médica, que fica retida na farmácia. Isso porque o organismo rapidamente desenvolve tolerância a codeína, o que acaba por levar o usuário de xarope, por exemplo, a aumentar cada vez mais a dose, buscando sentir os mesmo efeitos, tornando-se dependente da substância. Nesse estágio, na ausência da codeína o usuário pode sentir câimbras, cólicas, calafrios, insônia, inquietação e irritabilidade, sintomas da síndrome de abstinência.
codeina-pilula
Outro perigo na administração da codeína como medicamento, sobretudo como antitussígeno para crianças, é a utilização em doses maiores que a recomendada. Os sintomas de superdosagem de codeína são: apatia, batimentos cardíacos lentos, pressão sanguínea baixa, respiração fraca, pele fria e meio azulada, ausência de choro e dificuldade para mamar. Caracterizada como intoxicação, se não tratada a criança pode ficar inconsciente, entrar em estado de coma e morrer.


Referências:
CEBRID – Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas. Universidade Federal de São Paulo. Depto. de Psicobiologia. Disponível em: <http://200.144.91.102/cebridweb/default.aspx> Acesso em 19 jan. 2010.

BARCELLOS, Valdomiro Halvei. Drogas – Como Compreender? O Que Fazer? Disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/valdomiro/drogas-como-compreender.html> Acesso em 19 jan. 2010.

FONTE: INFOESCOLA

O QUE É UM ALCALOIDE?


Alcaloide

Conheça os alcaloides e seus efeitos na saúde humana, tipos de Alcaloides, ação no sistema nervoso, biologia

café - Alcalóide Cafeina: alcalóide presente no café

O que é alcaloide
Alcaloide é qualquer componente do grupo de compostos nitrogenados orgânicos derivados das plantas. Os alcaloides possuem diversas propriedades farmacológicas, ou seja, podem ser usados na fabricação de remédios. Grande parte dos alcaloides é usada na medicina como analgésicos e anestésicos.
Alcaloides mais conhecidos
Os alcaloides mais conhecidos são: atropina, cocaína, morfina, cafeína e quinina.
Alcaloides venenosos
Alguns tipos de alcaloides são venenosos para os seres humanos como, por exemplo, a colquicina e a estricnina. Estes agem no corpo humano como inibidores da divisão celular.


Estrutura química do alcaloide codeína, um derivado do ópio.
Alcaloide AO 1990 (de álcali, básico, com o sufixo -oide, "-semelhante a") é uma substância de caráter básico derivada principalmente de plantas (mas não somente, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais) que contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio,oxigêniohidrogênio e carbono.
Seus nomes comuns e que estamos mais habituados a ver, geralmente terminam com o sufixo inacafeína (do café, que é chamada de pseudoalcaloide por ser, na verdade, uma xantina), cocaína (da coca), pilocarpina (do jaborandi), papaverina/morfina/heroína/codeína (da papoula),psilocibina do cogumelo Psilocybe cubensisalmíscar que é extraído de uma glândula do cervo-almiscarado, etc.
São geralmente sólidos brancos (com exceção da nicotina). Nas plantas podem existir no estado livre, como sais ou como óxidos.Possuem massa molecular entre 100 dalton e não mais de 900 dalton. Eles também correspondem aos principais terapêuticos naturais com ação: anestésica, analgésica, psicoestimulantes, neurodepressores, etc.
Os alcaloides podem ser classificados quanto à sua atividade biológica; quanto à sua estrutura química; e quanto à sua origem biosintética (maneira de produção na planta).
Podem ser divididos em três grupos:
  • Alcalóides verdadeiros, que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biosíntese se dá através de um aminoácido;
  • Protoalcalóides, o átomo de nitrogênio não pertence ao anel heterocíclico e se originam de um aminoácido (exemplo: cocaína); e
  • Pseudoalcalóides, são derivados de terpenos ou esteroides e não de aminoácidos.

FONTE: WIKIPEDIA

ALCALOIDES PELA INFOESCOLA

Alcaloides são compostos orgânicos heterocíclicos, que possuem um ou mais nitrogênios em seu esqueleto carbônico, possuem origem vegetal e são aplicados principalmente na produção de fármacos naturais.
Esses compostos sempre foram utilizados, principalmente na época dos alquimistas, obviamente eles não possuíam o domínio das fórmulas estruturais, mas por outro lado eles conheciam as propriedades e os atributos destes compostos, tanto é que o efeito medicinal do uso de plantas é devido a semelhança e a ação desses compostos com os que estão presentes no organismo em virtude de sua semelhança com proteínas e ácidos nucléicos.
Atualmente a pesquisa em torno desses compostos tem obtido resultados satisfatórios tanto na purificação e caracterização como na síntese. São compostos que apresentam características bastante peculiares são usados na fabricação de fármacos principalmente, porém existem alcaloides que são excelentes remédios e outros potentes venenos naturais capazes de matar em poucos segundos, os alcaloides são compostos complexos e abundantes na natureza.
Cientistas acreditam que a presença dos alcaloides nas plantas e na pele de alguns anfíbios funciona como mecanismo de defesa contra seus predadores, sistema de armazenamento de energia, proteção contra a intensidade dos raios UV, agente de desintoxicação e biosintese de biomoléculas vitais, tais como aminoácidos e proteínas. Os alcaloides estão presentes nas seguintes angiospermas Apocynaceae, Papaveraceae, Ranunculaceae, Rubiaceae, Solanaceae, Berberidácea, porém as pesquisas se dirigiram para a família Rutaceae, em virtude desta família de vegetais apresentar características importantes como a variedade de alcalóides de interesse.



Propriedades Físico-Químicas


Os alcaloides são compostos que apresentam um comportamento alcalino, geralmente suas constantes de basicidade (pKb) giram em torno de  4,75  a 10,00. Reagem quimicamente com ácidos halogenídricos, formando sais cristalinos de coloração branca. Precipitam na presença de reagentes de Drangendorff, Mayer e Wagner, respectivamente, iodobismutato de potássio, iodeto de mercúrio e potássio e solução de iodo. São quantificados através da espectrometria, em função de seu esqueleto carbônico formado por ciclos, e tendem a absorver luz.
As estruturas dos alcalóides podem derivar de estruturas como as de:
  • Piperidna e Piridina: são líquidos a temperatura ambiente, e apresentam um odor desagradável derivados das grandes cadeias de aminas. Os de piridina e/ou piridina são geralmente utilizados como antimicrobianos, inseticidas, sedativos, tratamento de tétano, entre essa classe de alcalóide está a nicotina;
  • Quinoleína e isoquineleína: esses alcaloides são utilizados no tratamento de malária, neoplasias de animais e humanos, são potentes agentes microbianos, em especial os Plasmodium. As plantas que possuem esse alcaloides são encontradas principalmente no continente asiático, não obstante algumas regiões do Brasil possuem esses vegetais. Quinoleína e isoquinoleína são resultantes da fusão dos anéis peridíneos por substituição eletrofílica;
  • Pirrolidina: são derivados do pirrol, na natureza existem poucos, compostos dessa classe em seu estado puro, apresenta grande importância bioquímica, em virtude de serem derivados do aminoácido prolina, esses compostos apresentam propriedades importantes entre elas a formação de complexos de coloração vermelha, laranja e violeta, um exemplo é a hemoglobina;
  • Indol: esses alcaloides são um dos mais numerosos que se tem conhecimento são conhecidos mais de 500 compostos dessa classe ultimamente, porém suas estruturas e propriedades são extremamente complexas eles são potentes agentes farmacológicos, derivam do triptofano nos organismos vegetais, onde são biosintetizados;
  • Imidazol: o derivado mais importante do imidazol é o aminoácido histidina, esses compostos são fármacos potentes, dando origem aos anti-histamínicos, quando de sua reação de descarboxilação, ou seja, a perda de um grupo carboxila, do aminoácido histidina forma a histamina;
  • Tropano: os denominados alcaloides do tropano formam uma classe de alucinógenos entre eles encontramos algumas drogas conhecidas como a cocaína, tropina e alguns sedativos e medicamentos contra a depressão são comumente obtidos a partir de sínteses catalíticas desses compostos, com outros alcaloides principalmente as piridinas e pirrolidinas.

Características e propriedades de alguns alcaloides conhecidos



Alcalóides Hidrolisáveis

Alcalóides de baixa basicidade

Alcalóides Voláteis

Alcalóides Quaternários


Alcalóides Fenólicos


Reações com Alcalóides


Os alcaloides vêm sendo estudados desde, de idade antiga e difundiram-se a partir do século XIX, quando os químicos orgânicos conseguiram isolar e sintetizar, a pesquisa desses compostos está simplesmente no começo, e o conhecimento aprofundado pode conduzir a respostas importantes no tratamento de doenças.

Bibliografia:

Bioquímica – Voet, Donald; Voet, Judith G. – 3ª Ed. 2006

LEHNINGER, A. L. Princípios de Bioquímica. São Paulo: Savier, 1985.
Bioquímica – Lubert Stryer ; tradutores João Paulo de Campos, Luiz Francisco Macedo e Paulo Armando Motta. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, c1992-881 p. :  il.
ALLINGER, Norman L. et al. Química Orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro : LTC, [1976].
SOLOMONS, T.W.G.; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. Rio de Janeiro: LTC Editora. Vol 1, 7.ed., 2001
Advanced Organic Chemistry: Part B: Reaction and Synthesis- Francis A. Carey

Bibliografia indicada:
Síntese estereosseletiva de alcalóides
  Autor: Correia, Carlos R. D.
  Editora: Edufscar
  Temas: Química

TUDO SOBRE CAFEÍNA


A cafeína é considerada um composto químico, ela é classificada como alcalóide que é uma substância principalmente extraída das plantas e pertence ao grupo das xantinas. A cafeína atua no sistema nervoso central e também causa o aumento da produção de suco gástrico, o que é grave para pessoas com úlcera digestiva. Ela também ativa o estado de alerta, pois bloqueia a recepção da adenosina.

A cafeína mesmo sendo considerada uma droga e também causar dependência química, é a mais consumida no mundo, pois além dela ser encontrada no café é também encontrada em alimentos como o chocolate, guaraná, cola, chá-mate e no cacau. Este composto também pode ser encontrado em analgésicos e inibidores de apetite. A quantidade ideal é considera cerca de 300 mg por dia, ou seja, 2 a 3 xícaras de café ou então 5 a 6 latas de refrigerantes derivados de cafeínas, como os com extrato de cola.

Em excesso a cafeína pode causar agitação, ansiedadedor de cabeça, insônia, também causa a contração das veias e artérias o que dificulta a circulação sanguínea e acelera os batimentos cardíacos. Para as mulheres grávidas é recomendado que se tome pouco ou até mesmo corte o café, pois pode causar deformações fetais ao bebe.
Porém, além de trazer alguns malefícios à saúde, ela também ajuda no aumento da concentração, melhora o humor, diminui a fadiga, controle de peso e apesar de causar dores de cabeça se consumida em excesso, alguns médicos usam o café como tratamento de enxaqueca, porque ela contrai os vasos sanguíneos que normalmente são os causadores da dor de cabeça. Ela também traz efeitos no sistema respiratório, pois possui um aumento discreto da frequência e intensidade da respiração. Um grande benefício, porém ainda em fase de estudo é que essa substância pode ajudar na doença do Mal de Parkinson, pois ajuda a amenizar a doença ou até mesmo impedi-la de se manifestar. Para as mulheres também tomar pouco antes da menstruação ajuda nos sintomas da TPM. A cafeína possui um grande efeito diurético, o que por sua vez pode causar desidratação com atividades prolongadas.
Molécula de cafeína


Uma curiosidade desta substância é que ela é incluída nos regulamentos de doping de todas as federações desportivas, para ser considerada doping a dose deve ser a partir de 12mcg/ml, o que se consegue com a  quarta xícara.

Todo produto que contenha a cafeína pode ser consumido, porém sem exagero, dependendo da pessoa pode causar problemas graves a saúde, como qualquer outra droga também pode levar ao vício, onde começa causar os danos a saúde.
Referencias:
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/390344/?noticia=CAFEINA+TAMBEM+E+DROGA+E+CAUSA+DANOS+A+SAUDE
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/350/efeitos-da-cafeina

FONTE: INFOESCOLA

HISTÓRICO DA CAFEÍNA PELA BRASIL ESCOLA

A cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas, além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de alerta.

A cafeína é a droga mais consumida no mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos, como chocolate, café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns analgésicos e inibidores de apetite. O valor nutricional da cafeína está ligado apenas ao efeito excitante.

Em excesso, a cafeína pode ocasionar alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e insônia.

Devido ao estímulo acima mencionado que esta droga proporciona alguns efeitos comprovados, como aumento da atenção mental, aumento da concentração, melhoria do humor, diminuição da fadiga.

Segundo estudos dez gramas, em média, de cafeína é uma dose letal para o homem, e em uma xícara de café são encontrados cem miligramas de cafeína.

Apesar de ser utilizada para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com depressão nervosa decorrente do uso de álcool, ópio, a cafeína é uma droga que causa dependência física e psicológica, uma vez que para estimular o cérebro utiliza os mesmos mecanismos das anfetaminas, cocaína e heroína. Os efeitos da cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das razões que pode levar as pessoas ao vício.

Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola


A droga de todo dia

Cafeína: a droga psicoativa mais popular do mundo intoxica o cérebro, desgasta os nervos, rouba o sono

por T. R. Reid
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
EDIÇÃO 58/JANEIRO DE 2005
26/08/2011



O Pesquisador Richard Wurtman provando café

Richard Wurtman toma pelo menos 1 litro de café por dia. O pesquisador médico acredita que são 600 miligramas de cafeína deixam sua mente mais afiada e criativa
“Power! Money! Lust! Sex!” “Poder! Grana! Tesão! Sexo!” A batida pulsante da música explode de uma bateria de alto-falantes de 2 metros de altura, tão poderosos que o assoalho da danceteria treme como num terremoto com as notas graves que reverberam. Através da névoa lilás de fumaça e suor, as luzes estroboscópicas, com seu clarão vermelho, iluminam os casais que dançam: os homens de cabelo punk e rosto pintado, as mulheres com microssaia de vinil que praticamente não esconde nada. São 4h45 da madrugada no Egg, uma discoteca popular de Londres, e alguns freqüentadores ou já estão estatelados no sofá, ou foram refugiar-se no bar. Mas, depois de uma longa noite de álcool, drogas, cigarros e um barulho de sacudir o edifício, a maioria continua cheia de vigor e felicidade, dançando pelo salão. Como esses jovens conseguem isso? “Na verdade, em geral, vemos nova onda de energia lá pelas 4 da manhã”, diz Simon Patrick, administrador do Egg. “É aí que a gente sente aquele novo pique – no bar, tomando Red Bull. E a rapaziada diz: ‘Já tomei oito Red Bulls – estou voaaaando!’ E dançam a noite inteira, sem parar. Às 7 da manhã ainda é um problema mandá-los embora.” “É como pôr seu organismo inteiro em fast-forward!”, grita Lee Murphy, por cima do ruído ensurdecedor, enquanto desliza pela pista com sapatos de dança com solado de 10 centímetros, anel de ouro no queixo e em cada mão uma latinha azul e prateada de Red Bull, uma bebida energética. “Às 4 ou 5 da manhã, você está completamente bêbado e exausto”, explica o londrino Murphy, um enfermeiro de 29 anos. “É aí que entra o Red Bull. Beber estas duas latinhas é como tomar meio litro de anfetamina.”
Para Lee Murphy e outros freqüentadores de discoteca do mundo todo – além de uma legião de maratonistas, ciclistas off-road, pilotos de caça, vestibulandos e caminhoneiros que dirigem à noite –, essas fórmulas enlatadas, vendidas como bebida energética, são uma nova versão, agora mais borbulhante, de um dos estimulantes mais antigos da humanidade: a cafeína. O ingrediente ativo no Red Bull, produto austríaco de enorme sucesso, é uma forte dose de cafeína, misturada com um punhado de outros ingredientes. Uma lata de 250 mililitros contém duas ou três vezes mais cafeína que uma latinha de refrigerante de 350 mililitros.
“A rapaziada nas boates pensa que descobriu uma fantástica invenção nova”, diz Neil Stanley, diretor das pesquisas sobre sono da Unidade de Pesquisas de Psicofarmacologia Humana da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha. “Mas já sabemos há séculos que as bebidas cafeinadas realmente funcionam. Elas tiram a pessoa daquela baixa de energia e a deixam mais acordada. Na verdade, a única coisa que os jovens descobriram é um novo método de ingerir cafeína.”
Esse duplo poder – combater a fadiga física e aumentar o estado de alerta – é uma das razões pelas quais a cafeína é a droga mais ingerida do mundo, entre as que alteram o humor. Muito mais popular que a nicotina e o álcool, a cafeína está presente não só nos refrigerantes e no café como também em pílulas para regime e analgésicos. É a única droga psicoativa viciante que costumamos dar aos nossos filhos (em refrigerantes e chocolates). Na verdade, a maioria dos bebês no mundo desenvolvido nasce com vestígios de cafeína no corpo – transferidos, pelo cordão umbilical, de um café ou uma latinha de chá gelado que a mãe ingeriu.
A tremenda popularidade da cafeína causa preocupação entre alguns cientistas e defensores da saúde pública, mas esses temores não diminuíram sua popularidade. As vendas de Red Bull e outras bebidas energéticas copiadas desta, com nomes do tipo Red Devil, Roaring Lion, RockStar, SoBe Adrenaline Rush, Go Fast e Whoop Ass, estão em expansão. Enquanto isso, novas cafeterias estão abrindo no mundo todo – a uma velocidade que nem o fã mais ardoroso dos diferentes tipos de café consegue acompanhar. A cada dia útil, a Starbucks abre quatro novas lojas em algum lugar do planeta e contrata 200 funcionários. Corre uma piada em muitas cidades: a Starbucks vai abrir uma nova loja no estacionamento da própria Starbucks.
Foi há menos de 200 anos que se descobriu que o “pique” de energia que se sente com o café e o chá é o mesmo efeito produzido pela mesma substância química. A cafeína é um alcalóide que ocorre naturalmente nas folhas, nas sementes e nos frutos de café, chá, cacau, na noz da árvore da cola (Sterculia accuminata) e em mais de 60 outras plantas. Essa antiga droga com muitos efeitos benéficos foi receitada para uso humano ainda no século 6 a.C., quando o grande líder espiritual Lao-tsé, pelo que se relata, recomendou o chá como elixir aos discípulos da sua nova religião, o taoísmo.
Mas foi apenas em 1820, depois que as casas de café já haviam proliferado na Europa Ocidental, que um novo tipo de cientista começou a se perguntar o que haveria nessa bebida que a tornava tão popular. O químico alemão Friedlieb Ferdinand Runge foi o primeiro a isolar a droga do grão de café. A substância foi chamada de “cafeína”, ou seja, algo que se encontra no café. Em 1838, porém, os químicos perceberam que o ingrediente ativo no chá era o mesmo da cafeína de Runge. Antes do fim do século, a mesma droga foi encontrada na noz de cola e no cacau.
Não é coincidência que o café e o chá “pegaram” como moda na Europa logo que as primeiras fábricas anunciaram a Revolução Industrial. O uso generalizado de bebidas cafeinadas – substituindo a cerveja, até então predominante – facilitou a grande transformação do esforço econômico humano, que se deslocou das fazendas para as fábricas. Ferver água para fazer café ou chá reduziu as doenças dos trabalhadores nas grandes cidades superpovoadas, e a cafeína no organismo desses novos operários não os deixava adormecer em cima das máquinas. De certa forma, a cafeína é a droga que possibilitou o surgimento do mundo moderno. E, quanto mais moderno fica o mundo, mais nós precisamos dela.
FONTE: VIAJE AQUI.ABRIL
Cafeína (UNIFESP)
1. Histórico do uso de café e outras plantas que contém cafeína
A cafeína também chamada metil-xantina, derivada das xantinas, está presente em plantas amplamente distribuídas nas várias regiões geográficas. Ela é encontrada nos grãos de café, folhas de chá e de mate, nas sementes de cacau e em várias partes do guaraná. Devido ao consumo generalizado dessa substância, conclui-se que ela é a droga mais utilizada no mundo. Um copo de café contém aproximadamente 85mg de cafeína.
2. O que a cafeína faz no organismo ?
A cafeína possui efeitos terapêuticos importantes como dilatação dos brônquios, estimulação do coração e aumento da excreção urinária. No cérebro, ela alivia dores de cabeça. Ela possui também efeitos prejudiciais, provoca aumento da secreção gástrica, agravando  sintomas de gastrite e úlcera.
A droga também possui efeitos psicoestimulantes. Em doses moderadas (85 a 250mg), os usuários relatam uma sensação de bem estar, melhora de atenção e pensamento. Porém em doses elevadas (acima de 250mg), surgem efeitos de nervosismo, inquietação, insônia e tremores. Doses muito altas podem produzir convulsões, delírios e aumento da frequência cardíaca.
3. Como a cafeína é eliminada do organismo ?
A cafeína é metabolizada pelo fígado e eliminada pela urina.
4. Tolerância e dependência à cafeína
O uso crônico dessa substância (350mg ao dia) provoca dependência física e tolerância à droga. Na retirada da droga pode aparecer uma síndrome de abstinência caracterizada por dores de cabeça, nervosismo, irritação, ansiedade e insônia.

FONTE: UNIFESP