Cogumelos
Alucinógenos
As drogas
alucinógenas são aquelas que afetam diretamente no cérebro e
os sentidos, o que causa alucinações e delírios, fazendo com que a pessoa veja,
escute, cheire ou até mesmo tente tocar coisas que não existem. Grande parte
das drogas alucinógenas vem da natureza, principalmente das plantas e cogumelos.
Essas plantas já foram descobertas a muito tempo, na antiguidade e os usuários
as consideravam plantas divinas devido aos efeitos causados. E, até hoje
algumas culturas indígenas de vários países usam essas plantas de modo
religioso, ainda levando em consideração seus efeitos.
Amanita
muscaria
Existem
quatro gêneros de cogumelos alucinógenos: Psilocibe, Panaeolus, Capelandia e Amanita. No
Brasil são encontrados dois gêneros que são o Psilocibe e também o Panaeolus, porém o tipo mais
conhecido é o do gênero da Amanita e
em especial aAmanita muscaria. Eles
são coloridos e tem efeito semelhante a droga LSD, porém mais brando e de duração mais curta.
As
drogas alucinógenas causam muitos efeitos, no entanto não são fáceis de prever,
pois os efeitos diferem de pessoa pra pessoa . Os efeitos começam em cerca de
uma hora após ter usado a droga e acaba ficando mais forte após três ou quatro
horas e pode durar até 12 horas após o uso. Entre os efeitos estão no som e na
visão, como ver cores muito brilhantes e também ouvir sons bastante agudos,
algumas pessoas até se confundem vendo sons e ouvindo cores, pois os sentidos
se atrapalham, o tempo também passa bem devagar, mudanças emocionais, cansaço,
náuseas ou vômitos, problemas de coordenação, o humor também varia com altos e
baixos.
Existem
também as viagens más, mais conhecidas como “bad trips”. Algumas vezes os
efeitos dos alucinógenos são negativos como: medo, angustia, pânico,
alucinações que causam desespero na pessoa e também o medo de perder o
controle e ficar louco.
Não
existe ainda nenhuma evidência que alucinógenos causam dependência. Isso talvez
se deve ao fato de que se uma pessoa vier a usar todo dia um alucinógeno não se
terá mais o mesmo efeito, mas sim depois de no mínimo uma semana de intervalo.
Existe grande risco de acidentes com pessoas que usam alucinógenos pelo fato
dos sentidos se atrapalharem. Há também um grande risco com quem mistura
alucinógenos com álcool ou anfetaminas, pois o efeito pode aumentar muito.
A ingestão
de cogumelos errados pode causar intoxicações e até serem fatais.
Referencias:
http://oficina.cienciaviva.pt/~pw020/g/cogumelos.htm
http://drogas.do.sapo.pt/alucinogenos.htm
http://www.drogas.misterquim.com/categorias/cogumelos-e-plantas-alucinogeno/
http://www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem/conteudo/index.php?id_conteudo=11236&rastro=Tipos+de+Drogas/Cogumelos+e+Plantas+Alucin%C3%B3genas
FONTE: INFOESCOLA
EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS DO USO DOS COGUMELOS
Os cogumelos são
usados há milhares de anos como alucinógenos. O grau de alucinação e de efeito
dos cogumelos depende do organismo de cada pessoa. Não causa dependência e nem
síndrome de abstinência. Existem vários tipos de cogumelos usados entre eles:
Amanita
Muscaria_ Possui dois tipos de alucinógenos sendo muscimol e ácido ibotêmico.
Esses alucinógenos estimulam os neurotransmissores GABA no sistema nervoso
central. Seus primeiros efeitos são desorientação, sono, falta de coordenação.
Posteriormente ocorre euforia intensa, falta de noção de tempo, alucinações
visuais e alterações de humor como a fúria, por exemplo. Se usado em grande
quantidade pode causar intoxicação e em alguns casos pode ser letal.
Psilocybe
Cubensis_ Estimula os receptores de acetilcolina situados no cérebro e no
sistema nervoso. Seu uso provoca salivação, perda de controle da urina e das
fezes, lacrimejamento, cólicas, náuseas, vômitos, queda do ritmo cardíaco e da
pressão arterial. Seus alucinógenos são semelhantes ao LSD e provoca euforia,
sonolência, visão obscura, pupila dilatada entre outros e seu efeito dura em
torno de três horas.
FONTE: BRASIL ESCOLA
HISTÓRICO
Os cogumelos alucinógenos' (também cogumelos psicadélicos (português europeu) ou cogumelos
psicodélicos (português brasileiro) ou
ainda cogumelos mágicos) são fungos com propriedades
alucinógenas, utilizados por diversos povos em suas atividades culturais, bem
como drogas recreativas, especialmente
por jovens urbanos influenciados por diversos movimentos culturais.
É possível distinguir três grupos de
cogumelos psicotrópicos :
·
aqueles com ação psicotônica que induzem psicoestimulação e alterações
sensoriais moderadas. Incluem-se aqui sobretudo os amanitas mas também Boletus manicus ou
o Boletus reayiutilizados
pelos Kumas da Nova Guiné
·
aqueles com ação psicoléptica, com efeito essencialmente hipnótico, como os Lycoperdon.;
·
aqueles com ação psicodisléptica ou cogumelos
alucinógenos contendo psilocibina ou psilocina, incluindo mais de 190 espécies nos gêneros Agrocybe, Conocybe, Copelandia, Galerina,Gerronema, Gymnopilus, Hypholoma, Inocybe, Mycena, Panaeolus, Pluteus, Psilocybe e Weraroa.
Normalmente são classificados como tóxicos, por ser
essa a terminologia jurídica, e enteógenos ou psicodélicos devido aos efeitos
que causam.
No Brasil, nas décadas de 60 e 70, não era incomum ver jovens que
buscavam determinada espécie destes cogumelos nos pastos dos estados do sul.
Estes nasciam sobre o esterco do gado e eram colhidos para se fazer um chá: o
"chá de cogumelos", que devido à psilocibina e psilocina fazia com que se
"abrissem" mais um pouco as portas da percepção. Porém, quando ingerido em sua forma natural, ou
com algum ingrediente a fim de modificar seu gosto forte, os efeitos se mostram
mais intensos, já que a alta temperatura usada no "chá" destrói parte
de seu potencial, deixando as moléculas de seu elemento ativo instáveis, contudo
com o risco das reações adversas dessa combinação (há referências de mistura
com leite condensado por alguns experimentadores de próprio
risco). Os mais antigos textos sobre o seu uso na cultura asteca, compilados pelo padre Bernardino de Sahagún, referem-se a uma mistura do cogumelo teonanacatl
com mel [3]. Além disso, quando ingerido na
forma sólida, o efeito vem de forma mais vagarosa, dando tempo ao usuário para
perceber melhor o que está acontecendo, dentro e fora de sua mente.
Experimentos de universidades geralmente utilizam espécimes secas ou cápsulas
de seu elemento ativo.
Muscarina
Muscarina
Cogumelos sem psilocina e/ou psilocibina, a exemplo
o Amanita muscaria do qual se extrai a muscarina, também são utilizados para fins considerados
"recreativos", desde sua descoberta pelos exploradores europeus das
práticas xamanicas dos povos siberianos. Seu efeito porém, é distinto da
psilocibina, com perda de consciência (delírio, estupor) equivalente aos
efeitos da Datura stramonium e atropina ambos potentes
estimuladores do sistema nervoso autônomo, atuando os compostos da A. muscaria nos receptores muscarínicos da Acetilcolina. Pesquisas da distinção do
efeito autonômico dos referidos nas experiências xamânicas e de viajantes
europeus apontam para presença e efeito de outras substâncias nele contidas,
mais especificamente o ácido ibotênico e muscimol com propriedades psicodislépticas.
Uso
étnico
Psilocybe
mexicana de
Jalisco, Mexico
Os astecas o chamavam
genericamente de teonanacatyl ou carne dos deuses, os mazatecas o denominam ntsi-si-tho (ndi
xi tjo) onde ntsi é um diminutivo carinhoso e o restante da
palavra poderia ser traduzido como "aquele que brota". O
Psilocybe zapotecorum, cresce nos charcos e lugares alagados por isso são
chamados de apipiltzin (filhos das águas) por sua relação com o Deus das Chuvas
(Tlaloc).
Segundo
Escobar Di-shi-tjo-le-rra-ja é o nome Mazateca dado ao cogumelo ‘mágico’
da espécie Psilocybe cubensis, que
significa o cogumelo divino do estrume, provavelmente o mais cosmopolita dos
fungos neurotrópicos, isto é, com efeitos psicodélicos. Gordon Wasson apud
McKenna interpretando as referências ao Soma dos antigos textos védicos
atribuía ao A. muscaria as propriedades dessa mágica substância descrita,
contudo cogitava a possibilidade de ser o P. cubensis por haver proibições
específicas ao esterco de gado. Ainda segundo Escobar (oc.) O México é o país
que apresenta a maior diversidade de usos rituais envolvendo diversas espécies,
sendo a principal espécie utilizada o Teonanácatl ou ‘carne de Deus’ (Psilocybe
mexicana) e não existe qualquer evidência do emprego cerimonial dos cogumelos
‘mágicos’ por culturas tradicionais na América do Sul, exceto achados
arqueológicos no norte da Colômbia datando de 300-100 anos a.C.
Estatuetas de cogumelos são
também encontradas além do México na Guatemala evidenciam seu uso pela civilização maia. O aprendizado moderno sobre tais cogumelos
originou-se no interesse da contracultura nas medicinas tradicionais,
nesse caso o sistema etno-médico asteca da Mesoamérica motivados sobretudo pela leitura do trabalho
de ficcção com base etnográfica de Carlos Castañeda. Ainda hoje, em muitos lugares da América Central,
este tipo de cogumelos psicodélicos também são utilizado em rituais religiosos
e de curandeirismo. A curandeira Maria Sabina, do México, ficou conhecida
em diversos países por seus rituais que faziam uso dos cogumelos mágicos.
Legalidade
No Brasil:
A Psilocibina e a Psilocina são
substâncias controladas, de acordo com a portaria Portaria n.º 344, de 12 de maio
de 1998. No
entanto, o Cogumelos Psilocybe cubensis não estão listados explicitamente. Isso
pode deixar em aberto que o cultivo ou o porte de cogumelos alucinógenos
contendo Psilocibina ou Psilocina poderia ser considerado uma atividade
não-ilegal. Contudo, por ser um texto muito aberto, afirmar com clareza que
portar espécimes alucinógenos não constitui crime é algo que necessita de uma
análise legal mais aprofundada.
Galeria
de fotos
Amanita muscaria var.formosa
FONTE: WIKIPEDIA